Enquanto dentro do lar o predomínio do consumo de café é observado entre os mais velhos, especialmente entre a população com mais de 55 anos, nas cafeterias a aceitação é maior entre os mais jovens, sendo que 25% dos consumidores entre 16 e 24 anos afirma beber café frequentemente nesses locais.
Quase 70% dos brasileiros que tomam café fora de casa consideram que as cafeterias, lanchonetes e docerias são bons lugares para reuniões de trabalho ou estudo, aumentando para 74% entre os jovens de 16 a 24 anos.
Prover infraestrutura para que estas reuniões sejam estabelecidas é fundamental para que as cafeterias consigam gerar interesse para que este público frequente o local. Neste contexto, ter acesso à internet gratuita é requisito indispensável para atender à necessidade deste consumidor. De acordo com a pesquisa da Mintel, ter acesso à internet é considerado essencial para quase a metade dos consumidores de café fora de casa, aumentando para quase 6 em cada 10 na faixa etária de 16-24 anos.
Esta imagem das cafeterias serem bons locais para reuniões de trabalho ou estudo se reflete na tendência da Mintel Creative Class, que descreve sobre a flexibilidade de como, onde e quando os consumidores atuais trabalham. As cafeterias podem se beneficiar desta tendência, criando salas de reuniões que estejam disponíveis para serem alugadas por aqueles que procuram utilizar as instalações para reuniões mais formais, equipando-as com WiFi, tomadas e mesas de reunião. A criação de ambientes separados para trabalho e sociabilização também pode fazer com que as cafeterias satisfaçam outras razões para visitas, como encontros com amigos.
No entanto, atualmente apenas um quinto dos brasileiros considera que as cafeterias, lanchonetes e docerias são bons locais para se reunir com os amigos. Investir em elementos sensoriais, como música ambiente, que facilitem o relaxamento dos clientes enquanto desfrutam o café, móveis confortáveis como sofás e poltronas, áreas para leitura e atendimento amigável, podem ajudar as cafeterias a tornarem-se mais atraentes para os consumidores mais jovens, incentivando a sociabilização e posicionando-as como um terceiro espaço entre o trabalho e a casa.
