O consumo de pães no Brasil é concentrado no café da manhã, que, de acordo com pesquisa Mintel, atinge 88% dos consumidores enquanto apenas 40% come pão no café da tarde e apenas 17% consome a categoria como lanche no trabalho, o que configura uma oportunidade da ampliação de seu consumo.
O café da tarde é uma ocasião de consumo bastante comum no Brasil. E como no período da tarde uma grande parte dos brasileiros estão no trabalho, uma das estratégias para aumentar o consumo de pães é a sua oferta em formatos mais convenientes, de forma a estimular os consumidores a substituírem os seus usuais snacks, como biscoitos ou barras de cereais, por pão.
Algumas marcas já investem nesse mercado. Os mini-croissants, por exemplo da marca Serdul, são embalados individualmente. E outros pães “mini” podem ser bem aceitos pelos consumidores como um snack já que podem ser consumidos com manteiga ou requeijão. Essas opções de pães podem ter uma boa oportunidade de mercado se vendidas juntamente com embalagens convenientes de manteiga ou queijo, como as opções da marca Milfina ou Polenguinho.
As marcas brasileiras podem se inspirar no pão fermentado Kelki, do Reino Unido. Prático, ele pode ser utilizado para fazer sanduíches. Como ele contém duas embalagens, permite ao consumidor que faça um sanduíche, conservando as outras duas fatias adicionais para um consumo posterior.
A oferta de pães tipo snack pode impactar positivamente no aumento da frequência de consumo de pães além do café da manhã. As inovações em embalagens que contém porções individuais vão de encontro à tendência “portion control”, que têm funcionado bem em marcas de biscoito como Belvita e Clubsocial, que apresentam boa presença nos varejos mundiais.
