Ao passo que o consumo de sucos reflete a preferência dos brasileiros pelos alimentos frescos, a demanda por sucos em pó sinaliza que o mercado também busca por opções com preços acessíveis, revela o recém-lançado relatório Sucos de Frutas, da Mintel. Enquanto 33% dos respondentes da pesquisa afirmam beber sucos frescos diariamente, quase a mesma quantidade, 30%, declara consumir as variantes em pó na mesma frequência. Aliás, esse comportamento parece não apresentar grandes disparidades entre os diferentes grupos socioeconômicos, havendo apenas uma rejeição levemente maior por parte dos consumidores das classes AB. Por exemplo, enquanto 31% dos respondentes das classes DE afirmam consumir suco em pó uma vez por dia, 26% dos consumidores dos grupos socieconômicos AB afirmam realizar a mesma atividade.
Dentre as várias possíveis razões dos sucos em pó serem considerados uma alternativa satisfatória aos produtos frescos, podemos destacar seu preço relativamente baixo, além da conveniência, já que são facilmente diluídos e armazenados, uma vez que suas embalagens pesam em média menos de 50 gramas. Além disso, apresentam amplo período de validade e podem ser mantidos em temperatura ambiente. Os sucos em pó também podem ser preparados em doses para consumo individual ou coletivo.
Dessa forma, o segmento de sucos prontos enfrenta o desafio da concorrência dos variedades frescas e também do preço e conveniência dos produtos em pó. Uma das soluções para o segmento é a oferta de embalagens entre 500 ml e 600 ml, pois no mercado brasileiro, os lançamentos de sucos de fruta estão concentrados nos segmento de embalagens para consumo individual, de até 300 ml e embalagens de 1 litro, para consumo coletivo. Comuns nas categorias de água engarrafada e refrigerantes, as embalagens de suco de 500-600 ml podem ser interessantes aos consumidores que queiram beber múltiplas doses de suco a um preço mais acessível do que as embalagens de 1 litro.
